A cultura que queremos pede que sejamos uma apoio para a outra. . .
Se você já vem de uma estrada longa, com experiências e aprendizados, compartilhe-os, inspire com sua história.
Se você é uma iniciante, compartilhe seus sonhos, inseguranças, junte-se, fortaleça-se, empodere-se!
Ser uma entusiasta da natureza, do trabalho de campo, com experiência de acampamento em ambientes extremos e em vários trabalhos sendo a única mulher na equipe, me proporcionaram o conhecimento e experiência sobre os desafios e potenciais para as mulheres no trabalho, ou hobbies, em campo.
Pode parecer difícil, nos dias atuais, identificar a resistência que as mulheres ainda enfrentam pelo simples fato de serem mulheres. Afinal de contas, tanto tempo de luta pela igualdade de gênero e ainda há o que enfrentar? Até mesmo na ciência isso ocorre?
A nossa história na ciência se constrói da mesma forma que se fez tantas outras, sejam elas, pela conquista do direito ao voto, usar calça jeans, andar de bicicleta, pisar nos polos da terra, navegar os mares ou conseguir roupas adequadas para uma viagem ao espaço.
Neste post, podemos conversar sobre as peculiaridades do gênero feminino na execução da ciência, em especial na ciência em campo. Essa troca poderá nos ajudar a reconhecer os desafios expostos ou velados, para as mulheres e meninas na ciência, esportes ou hobbies de aventura em campo.
Medos, inseguranças, conflitos de força, inseridos pelo sexismo, têm levado muitas mulheres e meninas a pensarem que não são capazes de realizar essas atividades.
Aqui, podemos citar e discutir alguns desses eventos:
O constrangimento pelo fato de menstruar: Preciso bloquear meu ciclo. Não posso menstruar em campo. O que fazer com esse lixo? A cólica, os hormônios, a irritação, a dor nas pernas, o inchaço, a dor de cabeça. Preciso ficar quieta para não me apresentar frágil ou são “frescurites”?
As necessidades fisiológicas: Onde me esconder? Andar quilômetros, procurar um mato, me agachar entre farpas. Era só um xixi. É melhor segurar!
Roupas e calçados mal ajustados: Vestimentas e calçados de campo preparados por equipes que não reconhecem as singularidades do corpo feminino, dificultam o trabalho da mulher em campo.
O sexismo: Em sua ampla incitação, o sexismo, incluindo assédio moral e sexual, atinge e afeta particularmente o trabalho das mulheres em campo, seja pela vulnerabilidade da força corporal, do tom de voz, crenças de superioridade ou pela alta expectativa de “conexões a bordo”.
Esses são apenas alguns dos temas que podemos trocar experiências e pensamentos ao longo deste trabalho. Juntas, nesta comunidade de troca, nos fortalecemos e adquirimos conhecimentos para reconhecer os nossos desafios e entender que eles existem, mas não para nos colocar limites e sim para construirmos o caminho que respeita as nossas diferenças e valoriza a capacidade para execução de tarefas como uma característica humana e não do sexo.
Logo abaixo, após as imagens, você encontrará um espaço para deixar sua mensagem, contar sua experiência, sua história. Vou adorar receber e compartilhar aqui neste espaço!