Ciência Antártica

“O continente antártico além de apresentar características ambientais e meteorológicas hostis, uma flora e fauna peculiares, também apresenta uma importância singular para a saúde climática planetária. Sua preservação requer o acesso ao conhecimento científico, sensibilização da população através das atividades educativas formais e não formais e participação nas políticas e gestão sobre o continente.”

Em 1982, o Brasil, através da instalação do Programa Antártico Brasileiro, passou a fazer pesquisas regulares na Antártica. Desde então, inúmeros projetos científicos, nas mais diversas áreas da ciência são realizados por pesquisadores brasileiros no continente branco.

Embora já há algumas décadas os cientistas brasileiros estão estudando a Antártica, a Antártica e a pesquisa antártica brasileira permanecem inacessíveis para uma grande parcela da população brasileira. A comunicação deste conhecimento tem sido realizada, com maior frequência, através de publicações de artigos científicos, na língua inglesa e em periódicos científicos fechados, contribuindo com que a posse do conhecimento antártico permaneça restrita aos próprios construtores desta ciência.

A popularização das ciências antárticas aproxima a Antártica da sociedade brasileira e é uma ferramenta poderosa para diminuir os desafios de se comunicar assuntos como, as mudanças do clima da Terra, a importância de estudar a Antártica, os investimentos governamentais em pesquisas e expedições para o continente gelado.

O conhecimento antártico acessível fará com que as pessoas se sintam capacitadas a perceber que as coisas que elas podem fazer e mudar para a conservação da Antártica não são apenas um esforço simbólico, mas sim atuar diretamente no destino do continente gelado e do mundo. 

“A ciência antártica me ofertou as mais desafiantes, encorajadoras e inspiradoras experiências. Não apenas como cientista, mas também na minha individualidade, sobre os meus valores e inseguranças, por vezes me colocando a enfrentar os desafios do isolamento, da constante exposição aos riscos oriundos das condições ambientais hostis do continente e por me proporcionar, ao mesmo tempo, a experiência de ser grande e de ser pequena frente àquela imensidão do continente branco. Através da pesquisa, conheci diferentes regiões geográficas da Antártica: Antártica marítima (Ilhas Rei George, Enterprise, Cuverville, Ilha Ross, McMurdo Ice Shelf) e um pedaço da Antártica continental (Terra Vitória, os Miers Valley situado nos Dry Valleys). Devo todas essas oportunidades e experiências que irei compartilhar aqui, ao Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), ao Programa Antártico da Nova Zelândia (AtNZ) e a Holland America Line, os quais me levaram a conhecer este lugar tão singular, misterioso e solitário do hemisfério sul.”

 

Aqui, no tópico Ciência Antártica, você vai encontrar resultados de pesquisas científicas, em especial, sobre os ecossistemas terrestres da Antártica, temas para discussões ambientais e conservação do continente, além de sugestões de atividades educativas para introdução de assuntos polares em sala de aula e demais atividades científicas-pedagógicas.


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